O jornalista e activista angolano Rafael Marques espera ter a oportunidade de confrontar em tribunal os generais ligados ao poder que lhe moveram uma acção judicial por “denúncia caluniosa”.
Os generais ligados ao mais alto nível do poder de Angola querem um milhão e 200 mil dólares de indemnização.
O caso remonta à publicação do livro "Diamantes de Sangue" em que são detalhados casos de tortura e assassinatos alegadamente praticados por efectivos da empresa privada de segurança Teleservice, na província da Lunda-Norte.
Além de serem proprietários da Teleservice, os generais mencionados também são sócios da Sociedade Mineira do Cuango, que explora diamantes na bacia do Cuango.
Os generais intentaram uma acção em Portugal por difamação que foi rejeitada pelos tribunais portugueses.
Rafael Marques por seu turno tinha apresentado uma queixa na procuradoria geral da republica angolana, em 2011, pelos alegados crimes. A procuradoria rejeitou a queixa.
Posteriormente os generais intentaram esta acção por denuncia caluniosoa.
O activista disse à VOA ter sido informado na terça-feira, 19, dos pormenores das acusações e quem as faz.
Os generais envolvidos na acusação são para além do chefe da casa de segurança do Presidente e ministro de Estado, general "Kopelipa", os generais Carlos Alberto Hendrick Vaal da Silva, Adriano Makevela Mackenzie, João Baptista de Matos, Armando da Cruz Neto, Luís Pereira Faceira e António Emílio Faceira.