A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), reúne-se a partir desta sexta-feira, 23, na Matola, arredores de Maputo, em sessão do seu Comité Central, uma semana depois de ter perdido a segunda volta da intercalar de Nampula, norte de Moçambique.
Com uma duração prevista de três dias, a sessão destina-se, entre outros assuntos, a avaliar os resultados da eleição intercalar de Nampula, onde o candidato da Frelimo, Amisse Cololo, perdeu na segunda volta com 42 por cento dos votos, contra 58 por cento de Paulo Vahanhe, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Analistas consideram que a avaliação visa não apenas recuperar o Município de Nampula, como também os outros sob a gestão do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Os outros municípios geridos pelo MDM são Beira, na província de Sofala, e Quelimane e Gúruè, na província da Zambézia, ambas no centro de Moçambique.
O analista Laurindos Macuácua diz que isso é algo que se afigura bastante difícil.
"A Frelimo precisa e fazer alguma coisa para voltar a ser aquele partido que ganhava as eleições de forma retumbante (...) e eu não acredito que isso volte a acontecer a breve trecho", destacou.
Esta é uma sessão em que vão ser debatidos também aspectos da governação do país, muitos dos quais impactam a vida dos moçambicanos, incluindo o elevado custo de vida.