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FLEC desmente afastamento de Nzita Tiago


Nzita Henriques Tiago, líder histórico da FLEC
Nzita Henriques Tiago, líder histórico da FLEC

Dissidentes que anunciaram afastamento de líder histórico apelidados de "oportunistas"

A FLEC desmentiu que o seu presidente e líder histórico, Henrique Nzita Tiago, tivesse sido afastado.

"A Frente de Libertação do Estado de Cabinda vem através desta nota apresentar um desmentido formal e categórico sobre as informaçoes de um pequeno grupo de oportunistas transmitida na VOA sobre a exclusão da FLEC de sua Excelência o Sr. Henriques Nzita Tiago", lê-se num comunicado enviado à nossa redacção.

Assinado em nome de Nzita Tiago pelo secretário para a Informação, Osvaldo Buela, o documento acrescenta que "apenas um congresso ordinário ou extraordinário com plena legitimidade pode suspender, remover e substituir o presidente da FLEC, e não um grupo de indivíduos sem bases nem legitimidade no seio da população e nas em Forças Armadas de Cabinda”.

Excorta, ainda, os militantes a “não cederem às mentiras e armadilhas de alguns agitadores”, denunciando as tentativas de “sujar e denegrir a imagem e credibilidade do movimento, impedir e sabotar a união” do mesmo.

Um grupo de dirigentes do movimento anunciaram o afastamento de Nzita Tiago e a sua substituição pelo "ministro dos Negócios Estrangeiros" do governo da FLEC no exílio, Afonso Massanga. Joel Batilla, até ao momento conselheiro de Nzita Tiago, é outro dos dissidentes.

Entrevistado pela Voz da América, Massanga admitiu que Tiago não reconhecia a sua direcção e "tentou afastar-nos da direcção da FLEC mas pelo contrário nós é que o afastamos" por ter violado artigos da constituição da organização.

Massanga disse que Nzita Tiago tinha sido afastado “por faltas ou erros graves” na liderança do movimento.

O comunicado da FLEC, assinado por Osvaldo Buela sublinha que o "Sr. Henriques Nzita Tiago não pode ser acusado de traição por apenas pelo único motivo de receber os honoráveis membros da sociedade civil cabindesa ou Angolana que estão empenhados a procura de uma solução de paz pacífica e negociada através de um diálogo entre Cabindas e angolanos."

A FLEC anunciou ainda uma reestruturação interna dos seus quadros europeus, tendo substituído os dissidentes que ocupavam cargos de direcção ou assessoria.

Afonso Massanga e Joel Batilla já não figuram entre os responsáveis pelo movimento na Europa. O novo vice-presidente é o representante na Bélgica, António da Silva Anny Kitembo.

Emmanuel Nzita, filho de Nzita Tiago, é Conselheiro Especial do pai; Osvaldo Franque Buela, Secretário para Informação e Comunicação; Arsienne Bivouma, Secretário para a Juventude; e Jean Claude Nzita, conselheiro de Comunicação.

Por razões não claras, não foram nomeados os responsáveis da Defesa, Interior e Segurança, Economia e Finanças, e Negócios Estrangeiros.

Num comunicado, a direcção da FLEC diz que, na impossibilidade de se realizar uma conferência inter-Cabindesa, recebeu mandato da comissão ad hoc por forma a procurar (citamos) “uma solução pacífica de paz para Cabinda” na forma de uma proposta a apresentar, mais tarde, ao que chama “plataforma consensual das forças políticas de Cabinda”.

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