O Presidente Filipe Nyusi foi empossado para um segundo mandato e destacou como uma das suas prioridades a paz definitiva em Moçambique.
A investidura teve lugar na Praça da Independência em Maputo, numa cerimónia solene que contou com a presença de várias personalidades nacionais e estrangeiras, com destaque para os Presidentes de Angola, Portugal, Zâmbia e Zimbabwe.
No seu discurso, Nyusi apresentou, sector a sector, as principais linhas que vão orientar a sua governação, mas deu destaque à paz que, tal como no mandato anterior, disse que será o seu principal foco.
“No mandato que agora iniciamos, continuaremos a consolidar a paz como condição indispensável para o desenvolvimento. Continuaremos, nem que isso nos custe a vida para defender e promover a paz”, disse Nyusi.
Fome zero e combate à corrupção
De forma mais sintetizada, Filipe Nyusi deixou promessas de que este mandato será decisivo para a história do país.
Por exemplo, prometeu "dar passos decisivos rumo à fome zero”.
O Presidente, que durante o seu mandato viu emergir o caso das "dívidas ocultas", levando parceiros a suspender a ajuda orçamento ao país, garantiu que "não haverá tréguas na luta contra a corrupção” e não haverá "pequenos nem grandes corruptores".
Na saúde, a promessa foi para a melhoria das condições de trabalho e salários dos funcionários, bem como fazer vincar o projecto “Um distrito, um hospital”.
Na Justiça, prometeu expandir a construção de infra-estrutura e reforço das liberdades de expressão e imprensa, para a garantia da pluralidade de ideias.
"Há cincos anos, numa cerimónia como esta, anunciei que seria o Presidente de todos os moçambicanos”, lembrou Nysu para reforçar que nenhum moçambicano pode impingir aos outros o que é meramente sua convicção pessoal.
Sobre a composição do Parlamento, o Presidente da República voltou a referir, como na investidura dos deputados, que o facto de a Frelimo ter maioria qualificada "não pode reduzir a importância do debate de ideias, pois a Assembleia da República representa todos os moçambicanos".
Reacções
Personalidades ouvidas pela VOA em torno das promessas de Nyusi são unânimes em classificá-las de uma continuidade do primeiro mandato e acreditam que com mais ou menos dificuldades, "se houver meios" há condições para serem materializadas.
Continuidade ou não, os antigos Presidentes da República, Joaquim Chissano e Armando Guebuza, dizem que as promessas devem ser abraçadas por todos.