O Presidente moçambicano acusou a Renamo de não querer a paz e manifestou o que chamou de “repúdio pela matança dos nosso compatriotas”.
Filipe Nyusi fez estas declarações após colocar uma coroa de flores na Praça dos Heróis em Maputo num discurso para marcar o Dia da Paz, que se assinala nesta terça-feira, 4, e no qual reiterou a sua disponibilidade para se encontrar com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama,
Há 24 anos, em Roma, o Governo e a Renamo assinavam o Acordo Geral de Paz que colocou fim à guerra civil de 16 anos.
"Mesmo estando evidente que a Renamo não quer a paz, não nos podemos cansar de mostrar o nosso repúdio pela matança dos nossos compatriotas, mas também a nossa abertura para mudarmos este rumo", afirmou Nyusi, reiterando que “quando o Governo de Moçambique escolheu o caminho do diálogo para pôr fim à guerra de desestabilização movida pela Renamo, materializou a vontade do povo moçambicano de encontrar os melhores caminhos para a solução das nossas diferenças".
Sobre a situação actual, o Presidente moçambicano disse que “a instabilidade militar torna reféns os esforços de desenvolvimento do país” e lembrou que “o Acordo Geral de Paz assinado em Roma mostrou a vontade do Governo e do povo de abrir uma nova agenda de desenvolvimento, porque a paz é o condimento mais importante para a prossecução do desenvolvimento económico e social".
A Renamo não esteve presente na cerimónia na Praça dos Heróis.