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FIFA e UEFA suspendem a Rússia de todas as provas de futebol


 Doha, Qatar, sede do Mundial de Futebol 2022, 25 November 2021. (Foto: AP/Darko Bandic)
Doha, Qatar, sede do Mundial de Futebol 2022, 25 November 2021. (Foto: AP/Darko Bandic)

Rússia fica de fora do Mundial do Qatar

A FIFA e a UEFA expulsaram as selecções nacionais e as equipas dos clubes da Rússia de todas as provas "até novo aviso", na sequência da invasão da Ukrânia pela Rússia.

A UEFA, que gere o futebol europeu, suspendeu a parceria com o gigante russo de energia Gazprom.

Com esta medida, a selecção masculina, que devia disputar no próximo mês de Março o play-off de qualificação para o Mundial de Qatar, fica de fora a principal prova do futebol global a realizar-se em Novembro, enquanto a selecção feminina, que já se tinha classificado para o Europeu da Inglaterra, a decorrer em Julho, também ficará de fora.

"A FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, sejam equipas representativas nacionais ou equipas de clubes, serão suspensas da participação nas competições da FIFA e da UEFA até novo aviso", lê-se no comunicado conjunto.

Ontem, a FIFA anunciou que as equipas russas poderiam continuar a jogar sob o nome de União de Futebol da Rússia, em território neutro, com portões fechados e sem a bandeira e o hino russos.

As reacções surgiram rapidamente com o presidente da Federação de Futebol da Polónia a classificar de "totalmente inaceitáveis" essas condições que seriam uma “encenação”.

Ao mudar o seu posicionamento, a FIFA e a UEFA disseram que “o futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afectadas na Ucrânia".

"Ambos os presidentes (Gianni Infantino e Aleksander Ceferin) esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa novamente ser um vetor de unidade e paz entre as pessoas", conclui o comunicado.

A União Russa de Futebol denunciou a suspensão que considerou de medida "discriminatória".

"Tem um óbvio carácter discriminatório e prejudica um grande número de atletas, treinadores, funcionários de clubes e selecções e, mais importante, milhões de adeptos russos e estrangeiros, cujos interesses as organizações desportivas internacionais devem proteger em primeiro lugar", lê-se no comunicado.

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