Os familiares do activista angolano Isaías Cassule, assassinado por agentes dos serviços secretos angolanos em maio de 2012, convocaram uma manifestação para o dia 13 de Fevereiro em protesto contra a decisão da justiça de colocar em liberdade o autor do crime.
Júnior Maurício, conhecido por “Cheu”, condenado a uma pena de prisão de 17 anos, em 2015, foi colocado em liberdade pelo facto, segundo a justiça, de ter cumprido metade da pena.
A decisão não agradou os familiares de Isaías Cassule, quem terá sido atirado aos jacarés por aquele agente.
Em declarações a VOA, Benedito Sebastião Cassule, irmão mais novo de Cassule, disse que a “família ficou surpresa” com a notícia “sobre a libertação do assassino do nosso irmão”.
“Já programamos uma manifestação para o dia 13 de Fevereiro, no Palácio da Justiça, para onde levaremos duas urnas”, revelou.
Os dois caixões vão representar os corpos de Isaías Cassule e Alves Kamulingue, morto na mesma data.
Mariano Sebastião Cassule, outro irmão do activista, pediu a intervenção do Presidente da República.
Aqueles activistas foram raptados e posteriormente assassinados quando tentavam organizar uma manifestação de apoio a ex-militares, em 2012.