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Fala África: Graça Sanches apela aos governos africanos para investir em educação e infraestrutura digital


Graça Sanches, consultora internacional e especialista em orçamentação sensível ao género
Graça Sanches, consultora internacional e especialista em orçamentação sensível ao género

Muitos jovens sonham com uma carreira internacional, atraídos pela possibilidade de conhecer novas culturas, experimentar diferentes culinárias, aprender novas línguas e, talvez, mudar de vida. Mas como se preparar para conquistar um emprego no exterior?

Em entrevista ao Fala África, Graça Sanches, consultora internacional e especialista em orçamentação sensível ao género, com vasta experiência em advocacia parlamentar e liderança, contou sobre o seu trabalho e compartilhou várias dicas de como os jovens podem se preparar para uma carreira internacional.

Graça é atualmente Project Officer Consultant no Programa de Parceria de Género da União Interparlamentar (IPU). Ela também já atuou como Programme Specialist no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), focando no empoderamento das mulheres e na orçamentação sensível ao género em países como Angola e Timor-Leste.

Desde dezembro de 2022, Graça Sanches ocupa o cargo de consultora de projetos na União Interparlamentar, uma organização internacional que reúne parlamentares de diversos países para promover a paz, a democracia e o diálogo global. Nessa função, ela desempenha um papel crucial em projetos que visam promover a participação política das mulheres e tornar os parlamentos mais sensíveis às questões de igualdade de género. Graça explica que o seu trabalho envolve colaborar com parlamentares e suas equipas, incentivando a participação de jovens e mulheres para fortalecer a democracia e a coesão parlamentar no mundo todo.

Fala África: Dicas de Graça Sanches para jovens africanos que desejam uma carreira internacional
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A carreira internacional de Graça exige que ela viaje frequentemente e domine vários idiomas. Ela destaca que falar múltiplas línguas é um diferencial e o primeiro investimento para quem deseja uma carreira internacional.

“Aprender inglês e francês facilitou minha entrada no mercado internacional, especialmente na promoção da igualdade de género”, afirma Graça.

Sobre as nuances de trabalhar para uma organização internacional, Graça explica que os contratos de trabalho geralmente são de curta duração,

“Podem variar de três meses a um ano, e é essencial ser proativo na gestão da carreira, aplicando para novos projetos antes do término do contrato atual”.
Essa realidade exige planeamento e resiliência, mas também oferece a oportunidade de adquirir diversas competências ao longo do percurso profissional.

Graça também compartilha a sua jornada pessoal inspiradora, equilibrando uma carreira de sucesso com a vida familiar. Ela planeou cuidadosamente a sua transição para a Suíça, adquirindo novas competências e reorganizando o seu perfil profissional para se adaptar ao mercado local. Graça enfatiza a importância do planeamento e da rede de contactos.

“As escolhas que fazemos ao longo do percurso determinam o sucesso na carreira internacional”.

Fala África: “As escolhas que fazemos ao longo do percurso determinam o sucesso na carreira internacional,” Graça Sanches
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Graça Sanches deixa uma mensagem aos jovens africanos, encorajando-os a investir nas suas competências linguísticas e tecnológicas desde cedo. Ela ressalta que, para serem competitivos no mercado global, os jovens precisam dessas ferramentas. Graça também chama a atenção dos governos africanos para a necessidade de investir em educação e infraestrutura digital, proporcionando aos jovens as condições necessárias para competir internacionalmente.

“Se queremos que os nossos jovens sejam concorrenciais em relação ao mundo inteiro, temos de investir nestas áreas das novas tecnologias, mas também, o mais cedo possível, nas línguas estrangeiras. Vemos que temos muitos jovens capacitados.”

Graça sublinha a importância desses investimentos ao mencionar a sua experiência:

“Já trabalhei com a África lusófona e agora trabalho com mais seis países que não têm nada a ver com a nossa realidade, e vejo a diferença nos jovens que têm esta oportunidade porque, à partida, já têm uma língua estrangeira que é a mais usada no mercado de trabalho. E vejo que tenho jovens nos meus países que podem dar um contributo, mas estão limitados a isso. Então, este investimento é um investimento pessoal que temos de fazer, e há um investimento que também os nossos governos têm de fazer para que as pessoas tenham acesso às oportunidades. Não precisam sair de Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau ou São Tomé para trabalhar; podem trabalhar das suas casas. Precisamos de ter uma boa rede de conexão e precisamos que os nossos jovens tenham como ferramenta a questão da língua para poderem ter acesso a este mercado de trabalho.”

Graça partilhou três sites com várias oportunidades para os estudantes que querem ter uma carreira internacional.


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