A facção da FNLA que diz ter demitido Lucas Ngonda da presidência do partido está a organizar um congresso em que vários líderes poderão concorrer à presidência do partido.
A realização deste congresso deverá tornar mais confusa a situação deste partido histórico angolano onde actualmente não se sabe exactamente quem são os legítimos órgãos de poder no partido.
Em Março o Comité Central do partido suspendeu Lucas Ngonda e indicou Fernando Gomes para chefiar interinamente os destinos da organização até à realização do congresso, marcado para ultima semana do mês em curso.
Ngonda e aqueles que o apoiam negam que tenha sido demitido e afirmam que a reunião não envolveu o comité central mas sim “amigos” de Fernando Gomes.
Lucas Ngonda, foi acusado de desvios graves da linha política do partido e de alegadas iolações constantes e permanentes dos estatutos do partido e de não cumprir com as resoluções, princípios, e abusar das suas funções.
Ngonda rejeitou as acusações e não reconheceu a legitimidade estatutária no comité central que o suspendeu.
Para fazer vincar a sua posição, Lucas Ngonda reforçou-se, na última semana, com a sua confirmação como cabeça-de--lista do partido às eleições de Agosto próximo.
A ala liderada por Fernando Gomes garantiu à Voz da América, que a decisão de suspender Lucas Ngonda já foi comunicada ao tribunal constitucional e nesta altura trabalham apenas na organização do congresso, que pode ser aberto à múltiplas candidaturas para a liderança do partido.
Apesar das limitações financeiras, Fernando Gomes adiantou que a realização do próximo congresso vai promover a unidade dos militantes e renovar a imagem do partido para participar nas próximas eleições com uma direcção mais inclusiva.
Ouça as opiniões de Fernando Gomes, líder interino da FNLA, Geovety de
Sousa, porta-voz da ala de Lucas Ngonda e o politólogo Alberto
Cafussa.