A companhia americana ExxonMobil Corp comprometeu-se a adquirir à italiana Eni, por 2.8 mil milhões de dólares, uma participação de 25% no bloco da Aérea 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, Moçambique.
O referido bloco é rico em gás natural. Estima-se que tenha 85 triliões de pés cúbicos do recurso natural. É uma das maiores descobertas dos últimos anos.
As reservas em causa são suficientes para fornecer a Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália durante cerca de 20 anos, dizem especialistas.
As duas empresas assinaram, ontem, 09, um acordo de compra e venda, diz um comunicado da Exxon Mobil, o que a imprensa moçambicana diz ser um sinal de que a exploração de gás vai finalmente avançar depois de momentos de incerteza.
O mesmo comunicado indica que o negocio será concluído após a satisfação de uma série de condições, incluindo a autorização de Moçambique e de outras entidades reguladoras.
A ENI continuará a liderar o projecto de gás natural liquefeito Coral e todas as operações na Área 4, na bacia do Rovuma; a Exxon vai assumir a liderança na construção da central de liquefação de gás em terra.
Segundo as leis moçambicanas, negócios do género são sujeitos ao regime de mais-valias - o Estado rende 32% do valor de venda de activos.
Darren W. Woods, Presidente e director executivo da ExxonMobil, disse que a aquisição é uma importante adição ao portfólio de desenvolvimento global da empresa.
"Este investimento estratégico permitirá que a liderança e experiência do ExxonMobil apoiem a extracção dos abundantes recursos de gás natural de Moçambique", disse Woods.
O gás natural é descrito como fonte de combustível com crescimento mais rápido no mundo, e Moçambique, dizem especialistas, está bem posicionado para ser um dos maiores fornecedores globais nos próximos anos.
