Analistas defendem maior transparência nas negociações entre o governo de Moçambique e a companhia americana Anadarko, que anunciaram, para breve, o arranque do projecto de exploração de gás natural, na bacia do Rovuma, no norte do país.
O arranque do projecto orçado em cerca de 25 mil milhões de dólares foi anunciado no final de um encontro entre o Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário e o vice-presidente da Anadarko, John Grant.
Para alguns analistas, este projecto e outros ligados à exploração de recursos naturais são importantes para o desenvolvimento do país, e a sua negociação deve ser feita com transparência, "porque os recursos são de todos os moçambicanos e, através dos mecanismos representativos existentes, devem ter a oportunidade de discutir esta questão".
A Anadarko tenciona começar a produzir gás natural liquefeito a partir do primeiro trimestre de 2020, com uma produção anual de 12 milhões de toneladas. O que está a ser negociado é que um quarto dessa produção deverá ser disponibilizada a Moçambique.
O vice-presidente da Anadarko disse que no encontro com o Primeiro-Ministro foram registados progressos, no que diz respeito a aspectos legais preponderantes na implementação do projecto.
John Grant afirmou terem sido discutidos aspectos técnicos ligados à construção do porto, de terminal marítimo e de fábricas de gás natural liquefeito.