Angola já foi um dos maiores produtores e exportadores de algodão, mas os conflitos e a guerra civil após a independência destruíram a produção agrícola. Nos últimos anos tem havido um movimento para relançar a indústria têxtil e hoje há três grandes fábricas no país localizadas em Benguela, Luanda e no Cuanza Norte (Dondo). Em entrevista à Voz da América, o empresário e promotor de eventos Daniel Pires, falou sobre a indústria têxtil e a moda em Angola.
Para o empresário é preciso aumentar os investimentos na produção de algodão a fim de que haja mais tecidos disponíveis para a indústria da moda.
"Quando se fala da moda aqui em Angola a grande dor de cabeça é onde adquirir os panos, como adquirir esses panos."
Isso também afecta o preço do vestuário, já que costureiros e estilistas precisam importar tecidos da República Democrática do Congo e da Holanda, entre outros países, para poder criar roupas e colecções que serão vendidas no país.
Pires disse que o Governo demonstra preocupação nesta área e está a trabalhar para desenvolver políticas de apoio à indústria têxtil.
"É chegada a hora de olharmos para este sector como principal fonte de receita para alanvacar também a nossa economia".
MODANGOLA
Além do desfile e da feira, a VII edição do MODANGOLA deste ano terá o 1º Fórum da Indústria Têxtil no Sector Produtivo em Angola (FITSPA) com a finalidade de debater a situação da indústria da moda no país, segundo o produtor do evento, Daniel Pires.
Entre os vários nomes já confirmados estão a conceituada estilista angolana Lucrécia Moreira, o director nacional da Juventude e Desporto, Kikas Machado, e o consultor do secretário do Estado do Ministério da Economia e Planeamento, Eduardo Machado.
O fórum arranca a 21 de Novembro na Mediateca de Luanda e a feira de exposições será realizada a 21 e 22 de Novembro, também na Mediateca. O desfile está marcado para 24 de Novembro no Epic Sana Luanda Hotel.O desfile irá contar com a participação de mais de 15 estilistas e 50 modelos.
"O MODANGOLA é um evento que vem a cada ano tentar galvanizar este sector têxtil junto dos empresários e do Governo, e dar mais abertura aos jovens talentosos, estilistas, modelos, fotógrafos, fábricas, participantes e a imprensa. Criamos um grande networking para que de alguma forma todos nós possamos reflectir sobre esta grande indústria que é a moda."