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O lugar da mulher é onde ela quiser


Encerramento da primeira edição do projeto Ella em São Tomé e Príncipe
Encerramento da primeira edição do projeto Ella em São Tomé e Príncipe

Essa foi uma das frases escolhidas como slogan das camisolas usadas pelas jovens selecionadas para participar do projeto de empoderamento e liderança feminino ELLA, organizado pelo Conselho Nacional da Juventude de São Tomé e Príncipe (CNJSTP). Em entrevista à Voz da América, o presidente do CNJSTP, Calisto do Nascimento, fez uma avaliação sobre o projeto.

O ELLA, que foi lançado no dia 8 de março para iniciar a fase de captação de recursos, teve entre os seus objetivos o incentivo ao empreendedorismo social.

"Queremos empreendedores que resolvam não só os seus problemas, mas também os problemas da sociedade".

Participantes da primeira edição do projeto ELLA em São Tomé e Príncipe
Participantes da primeira edição do projeto ELLA em São Tomé e Príncipe

Das 100 jovens inscritas 30 foram selecionadas, e todos os distritos de São Tomé e Príncipe foram representados na primeira edição do projeto.

"O principal objetivo é educar, capacitar e empoderar raparigas de 16 a 25 anos para que tenham o seu autoemprego e consigam ser empreendedoras de sucesso, mas principalmente que consigam liderar a si própria.

De 17 de julho a 19 de setembro as jovens foram capacitadas em diversas áreas e foram divididas em sete projetos. Segundo Nascimento, o maior desafio foi a captação de recursos. O CNJ havia se comprometido em premiar 3 projetos, cada um no valor de 10 mil dobras (cerca de 450 dólares).

"Nós estamos a funcionar como se fôssemos uma associação normal porque temos que ir em buca de parceiros para conseguirmos realizar e concretizar as nossas atividades.

Não falta entusiasmo para essas jovens empreendedoras
Não falta entusiasmo para essas jovens empreendedoras

A persistência, o entusiasmo e a criatividade de todos resultou em sucesso. A UNICEF assumiu o financiamento de dois projetos e o ministro da Juventude, Desporto e Empreendedorismo, Vinício Pina, assumiu publicamente o financiamento dos últimos dois.

"Foi muito importante conseguir financiar todos os projetos porque o CNJ serviu como uma ponte para a transformacão e realização dos sonhos dessas jovens. Além de falarmos de iguadade de género, fazemos ações concretas".

E como toda a história boa tem um final feliz, num espírito de comunhão, as jovens vencedoras dos três projetos financiados pelo CNJ decidiram abdicar dos prémios, um total de 30 mil dobras (o equivalente a 1,350 dólares), para transformar o projeto ELLA em uma cooperativa.

Entre os diversos produtos e serviços que serão vendidos e oferecidos pela cooperativa estão acessórios de moda - como bolsas feitas com corda de bananeira - artesanato, bolo de casca de banana, massagens e terapia de relaxamento.

Jovens a participar da primeira edição do projeto ELLA em São Tomé e Príncipe
Jovens a participar da primeira edição do projeto ELLA em São Tomé e Príncipe

O presidente do CNJ explicou que a intenção agora é dar todo o apoio e encorajamento para que a cooperativa seja um sucesso e que a segunda edição do projeto ELLA seja da alçada da cooperativa.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Projeto Ella

Em setembro de 2015 mais de 150 líderes mundias reuniram-se na sede das Nações Unidas em Nova York para adotar formalmente uma nova agenda de desenvolvimento sustentável. Esta agenda é formada pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados por todos os países durante os próximos anos, até 2030.

O presidente do CNJSTP explicou que o projeto ELLA abordou quase todos os ODS, como a igualdade de género, a educação de qualidade, a reutilização de materiais descartáveis, o direito a um emprego digno e crescimento económico.

Raparigas a receber capacitação em São Tomé e Príncipe
Raparigas a receber capacitação em São Tomé e Príncipe

Segundo um relatório encomendado pela Organização das Nações Unidas recentemente, São Tomé e Príncipe, que ainda não cumpre nenhum dos 17 ODS, no entanto tem melhor desempenho do que a média da região da África Subsariana.

Entrevista com Calisto do Nascimento
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