O vice-presidente e cabeça-de-lista do MPLA às eleições gerais de Agosto em Angola diz ter-se preparado para assumir a Presidência da República e reconheceu que, a nível do partido, a sua nomeação era um dado adquirido.
"Eu venho sendo preparado e venho-me preparando para esta função, de há algum tempo para cá, na medida em que o que aconteceu hoje foi apenas a confirmação de algo que internamente, a nível do partido, pelo menos a nível da direção do partido, já era praticamente um dado adquirido", admitiu Lourenço em declaração aos jornalistas após a reunião.
O actual número dois do partido no poder garantiu que tudo fará para honrar “a confiança depositada” nele pelo MPLA e apontou o seu principal desafio: “A minha única prioridade neste momento é trabalhar para vencer as eleições e depois veremos".
João Lourenço, que sublinhou em duas ocasiões, estar preparado para assumir o desafio, considera ser sobejamente conhecido no país em virtude de como secretário-geral do partido ter viajado por toda Angola.
“Penso que o meu rosto é conhecido e sete meses [até às eleições] são suficientes", disse, admitindo que o desafio de ganhar as eleições é difícil, mas não impossível.
“Temos optimismo suficiente para pensar que vamos conseguir e quem vai conseguir não é o cidadão João Lourenço, o militante João Lourenço. Quem vai conseguir é o próprio MPLA, que é uma verdadeira máquina e eu sinto-me suficientemente respaldado para poder fazer frente a este desafio", afirmou o cabeça-de-lista do partido no poder, para quem o que está em causa agora “são a consolidação da democracia e o fortalecimento da economia".
Ministro da Defesa e actual vice-presidente do MPLA, João Lourenço foi apontado a 2 de Dezembro pelo Comité Central cabeça-de-lista às eleições de Agosto, o que faz dele o candidato à Presidência da República pelo poder no poder.
Como segundo da lista tem Bornito de Sousa, ministro da Administração do Território, seguido do actual Presidente da República José Eduardo dos Santos, que, no entanto, anunciou em Agosto passado, que deixará a política activa em 2018.
A apresentação da lista foi feita nesta sexta-feira, 3, em Luanda pelo próprio presidente do MPLA.