O Conselho de Ministros de Moçambique decretou dois dias de luto nacional pelas 73 vítimas mortais, registadas até ao momento, resultantes do ciclone Chido no Norte e centro do país, indicou em comunicado.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, lamentou a morte dos cidadãos e a destruição de infraestruturas provocada pelo ciclone. O presidente falou ao país durante o discurso alusivo à quadra festiva. Nyusi apelou ainda à solidariedade.
"Vamos imediatamente priorizar o apoio na reposição de abrigos, habitações, alimentação, energia, água e distribuição de sementes para além dos outros apoios que estão a acontecer", sublinhou.
Os dias de luto nacional iniciam-se a partir de sexta-feira, 20, à meia-noite (hora local). A bandeira nacional vai ser içada a meia-haste em todo o território nacional e nas missões diplomáticas e consulares da República de Moçambique.
Para além das vítimas mortais, mais de 500 pessoas continuam desaparecidas. A tempestade afetou casas, escolas, unidades de saúde e infraestruturas públicas e privadas.
Segundo a organização das Nações Unidas, OCHA, pelo menos 182 000 pessoas foram afectadas, nas províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado e ainda no centro do país, em Tete e Sofala. "Mas os números podem aumentar à medida que as avaliações forem sendo concluídas", informa a OCHA no seu boletim de atualização.
"As conclusões sublinham a necessidade urgente de as intervenções humanitárias darem resposta às necessidades críticas em múltiplos sectores", incluíndo alojamento, saúde, alimentação, educação e proteção.
As Nações Unidas direcionaram quatro milhões de dólares para responder à emergência humanitária.
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