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UNITA diz que subsídio de instalação de deputados é para desviar atenção da crise económica, mas não o recusa


Assembleia Nacional de Angola
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Medida causa controvérisa e UNITA decide doar metade dessa quantia aos “mais carenciados”

Os deputados no Parlamento angolano vão receber um “subsídio de instalação” de 22,5 milhões de kwanzas, facto que está a causar indignação em alguns sectores, ao ponto de a UNITA a dizer que metade do montante atribuído aos seus parlamentares será doado aos “mais carenciados”.

Deputados vão receber mais de 25 mil dólares de subsídio de instalação. Deputados da UNITA vão doar metade - 2:09
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O subsídio de instalação actualizado pela Assembleia Nacional é um instrumento em que os deputados recebem no início de cada legislação.

Liberty Chiaka, líder do grupo parlamentar da UNITA, chamou a imprensa, para esclarecer as razões de ter aceite o subsídio de instalação, que, para ele, a forma como se discute o assunto faz parte de uma estratégia do Executivo para desviar as pessoas do assunto principal que é a crise social e económica que o país vive.

Chiaka disse no entanto que o seu partido tomou a decisão de que cada deputado vai receber só metade da quantia atribuída.

"O presidente da UNITA orientou o grupo parlamentar a partilhar este subsídio, em que 50 por cento são para a sociedade, para os mais carenciados, enquanto a outra parte é para responsabilidade individual do deputado”, afirmou, acrescentando que esta questão “busca desviar do principal que é a crise que Angola vive".

"O país está a ser governado por uma oligarquia que não investe na agricultura porque detém o negócio de importação de alimentos como arroz, açúcar, óleo e outros, não investe na refinaria porque detém o negócio de importação de de derivados do petróleo e vende ao mesmo estado angolano, por isso a verdadeira causa da crise da desgraça do povo angolano é a má gestão da coisa pública, da corrupção, do roubo, branqueamento de capital e partidarização do estado", concluiu o líder parlamentar daquele partido da oposição.

A Voz da América tentou ouvir o parlamentar pelo MPLA, Milonga Bernardo, e um porta-voz do Governo, mas sem sucesso.

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