O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, considerou improdutiva a reunião de ontem, 27, entre o Presidente Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, por “não trazer ideias” lúcidas para a pacificação do país.
“Os moçambicanos queriam ver, quando é que termina este processo (negociações e trégua), quando é que teremos um acordo definitivo, qual e o calendário do processo dos assuntos militares”, disse Daviz Simango à VOA.
Para Simango, Nyusi e Ossufo Momade não produziram nada de “interesse central, quanto a paz definitiva”.
“Devia haver compromissos, que não possam desfazer o calendário eleitoral” defendeu Daviz Simango, também autarca da Beira, sustentando ser “preciso que as pessoas se preparem”, para as eleições, seguras de que não haverá um recuo nas negociações de paz.
O presidente da terceira força política do país deplorou ainda a ausência das informações dos parceiros sobre os recursos que o grupo está a tentar desbloquear de vários financiadores do Governo.
Quanto ao novo modelo de descentralização política, impostapela revisão da legislação eleitoral, que vai permitir a eleição governadores, em 2019, e administradores distritais, em 2024, DavizSimango voltou a insistir que a lei resulta de negociações bipartidárias pós-conflito, sem contribuições de outros sectores da sociedade que foram marginalizados.