O Fórum de Monitoria e Orçameto (FMO) acusa a Procuradoria Geral da República de estar a realizar gastos desnecessários do dinheiro público, para pagar despesas de tentar forçar a extradição do antigo Ministro da Economia, Manuel Chang para Moçambique.
O FMO reagia assim à última actualização sobre o processo, feita pelo ministro sul-africano da Justiça e Assuntos Correcionais, Ronald Lamona, que deu conta de que a decisão final da extradição, está na mesa do Tribunal Constitucional de Recurso.
"Nós até entendemos esse processualismo que é legal, mas continuamos preocupados com os gastos que a Procuradoria Geral continua a fazer (...) dinheiro público que os moçambicanos não têm, para investir no processo de trazer Chang para Moçambique" lamentou Adriano Nuvunga, coordenador do FMO.
Por outro lado, e contrariamente ao FMO, o jurista Rodrigo Rocha considera que a melhor jurisdição para julgar Chang é a moçambicana, ainda assim, considera que numa situação em que está a ser procurado por duas jurisdições, o mais importante é que seja julgado.
"Não devemos nos desesperar nem considerar que há uma batalha moral ganha, nem uma batalha jurídica ganha, se o primeiro país julgar for os Estados Unidos da América ou Moçambique" disse Rocha, realçando que o mais importante é que haja julgamento.