Quinta-feira, 17, é o dia agendado para o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, sentar no banco do Tribunal para falar do que sabe em torno do “escândalo das Dívidas Ocultas”.
Do lado da Sociedade Civil a audição de Guebuza é aguardada com enormes expectativas, porque se acredita que mais do que os números envolvidos, há muito que esclarecer.
"Há muita coisa que se pode dizer e esperar, mas, acima de tudo, é preciso saber como é quem um Comandante-em-Chefe pode ser enganado pelo simples director da contra-inteligência, e tudo isso traz várias interrogações" diz o activista social Alberto Manhique.
Durante muito tempo, o julgamento, que agora caminha para o fim, foi olhado como uma luta de alas dentro da Frelimo, o que será, ou não, confirmado nesta quinta-feira.
O analista politico Gil Aníbal não tem dúvidas. Guebuza vai alinhar na estratégia de defesa, apontando as culpas a Filipe Nyusi.
"Ele vai chamar, naturalmente, a responsabilidade do Comando Conjunto, no nível mais baixo dele, chamando todas as culpas ao então ministro da Defesa, actual Presidente da República”, diz Anibal.
“Esta vai ser a estratégia da defesa. Digo isto porque, mesmo na audição que teve na Procuradoria Geral da República, para muitas questões colocadas, ele disse que deviam ser colocadas ao então Ministro da Defesa" vaticina.
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