A Comissão de Gestão da Cruz Vermelha de Angola quer acesso a mais de um milhão de dólares angariados em galas de beneficência e filantropia mas até agora sem sucesso.
A comissão assumiu o controlo da Cruz Vermelha na sequência da demissão da anterior presidente Isabel dos Santos e diz que acesso a esses fundos é necessário para programas de prevenção de doenças.
A Cruz Vermelha atravessa uma enorme crise sem fundos sequer para pagar os salários de mais de 100 trabalhadores.
A Comissão de Gestão fez questão de endereçar uma cópia ao Presidente da República, João Lourenço, enquanto presidente honorário, mas continua à espera do montante, acima de um milhão de dólares, com o qual pretende apoiar as áreas da saúde e do saneamento básico.
O líder da Comissão de Gestão, Baltazar Mateus Pedro, disse que esses fundos pdoeriam ser usados para “os projectos de combate à malária, o HIV/SIDA, às doenças diarreicas agudas e apostas no saneamento básico”.
“O montante está acima de um milhão de dólares, está numa conta com duas assinaturas, a da senhora Engenheira Isabel dos Santos e do antigo secretário-geral, o senhor Quifica’’, disse Mautes Pedro para quem a situação revela “falta de bom senso”.
“Deveriam ter dado, uma vez legitimada a Comissão, todos os bens - móveis e imóveis - e até as contas bancárias’’, acrescentou
O antigo secretário-geral, Walter Quifica, disse que o dinheiro arrecadado nas galas de beneficência está a ser ‘’bem gerido’’ pelo presidente interino, o deputado Elias Chimuco, da Bancada Parlamentar do MPLA, com quem a VOA não conseguiu chegar à fala, apesar das várias tentativas.