O director do Centro de Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga denuncia aonda de intimidação contra os defensores dos direitos humanos em Moçambique, realçando que o espaço democrático está a ficar fechado.
Esta semana, o director do Centro de Integridade Pública (CIP), instituição vocacionada à luta contra a corrupção, má governação e falta de transparência, Edson Cortês, afirmou que sua família foi ameaçada por três indivíduos munidos de facas, em Maputo.
Em Nampula, o procurador Freddy Jamal, do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, responsável pelo processo de investigação contra o juíz presidente do Tribunal Provincial de Nampula, também foi alvo de ameaça.
"São actos condenáveis nos termos mais pesados, porque mostram um clima de intimidação e de intolerância muito grande", diz o director do CDD, Adriano Nuvunga.
Afirma que o CDD tem estado a "proteger o espaço democrático que está a ficar fechado, e, juntamente com a Southern Africa Human Right Defender Network, estamos a desenvolver uma iniciativa, justamente para defender os direitos dos defensores dos direitos humanos, em Moçambique".
Nuvunga explica que "o que nós temos estado a constatar é que trata-se de pessoas que pretendem proteger certas informações, porque se inquietam com a possibilidade dessas informações serem de domínio público."
Refere que essas pessoas atacam os activistas que estão nas áreas Ambiental, anti-corrupção e dos recursos naturais.
"Na verdade, há uma onda, a nível nacional, de intimidação e uma agressão muito grande, justamente porque aqueles que estão no poder, querem proteger certos interesses, na sua maior parte ligados à corrupção, expropriação de terras e reassentamentos injustos, entre outros", destaca Nuvunga.