A situação política na Guiné Bissau está de novo mergulhada na incerteza na sequência de notícias de que um tribunal regional tinha ordenado a suspensão do congresso do principal partido parlamentar o PAIGC previsto para se iniciar Terça-feira.
O tribunal teria ordenado a suspensão como parte de uma providência cautelar por militantes que alegadamente disseram ter sido descriminados na escolha de delegados para o congresso.
Mas o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira disse hoje que o seu partido não recebeu qualquer notificação judicial e que por isso o congresso deverá iniciar-se na Terça-feira como revisto.
Domingos Simões Pereira disse que mesmo se houver acções judiciais o congresso deverá realizar-se pois essas ”não deverão constituir qualquer tipo de impedimento para o início e o bom desenrolar dos trabalhos”.
A actual incerteza sobre o congresso do PAIG reflecte as profundas divisões dentro do partido na sequência da expulsão de vários deputados em 2015.
O presidente do parlamento guineense Cipriano Cassamá enviou entretanto uma carta à representação da União Europeia denunciando “uma intensão deliberada” das autoridades prenderem Simões Pereira.
Na carta Cassamá diz haver “um plano macabro” para instalar a ditadura no país.