A cinco meses das eleições americanas as sondangens indicam uma grande queda no apoio ao Presidente Donald Trump.
Aquilo que deveria ter sido o relançamento da sua campanha num estádio cheio de apoiantes acabou com muitos lugares vazios e um debate acerca do porquê dessa ausência da sua base de apoio.
Talvez devido a receios ao novo coronavírus, talvez devido a receios de distúrbios de manifestantes contra Trump, ou ainda devido a uma campanha premeditada de marcação de lugares no estádio para depois não comparecerem, muitos lugares apresentavam-se vazios.
Para além disso, a campanha de Trump foi também abalada pelas revelações num livro a ser publicado esta semana por John Bolton, antigo Conselheiro de Segurança Nacional, no qual afirma que Trump não tem capacidade para ser Presidente.
“Uma das coisas que au aprendi em estar perto de Donald Trump é que ele não tem qualquer filosofia”, afirmou Bolton, para quem o Presidente “não funciona nessa base ou na base de uma estratégia ou política abrangente.”.
“ Tudo é apenas Donald Trump e isso para mim é uma lição para a América como um todo, mas particularmente para os republicanos conservadores porque se Trump for reeleito, o que é inteiramente possível, não haverá mais limites com base naquilo que o Partido Republicano possa pensar”, acrescentou o antigo Conselheiro de Segurança Nacional.
Bolton afirmou recear pela segurança dos Estados Unidos porque as decisões políticas de Trump são “tão incoerentes, tão desconcentradas, sem estrutura alguma, tão amarradas à sua sorte politica pessoal que estão a ser feito erros que terão consequências graves para a segurança nacional dos Estados Unidos”.
A política externa é uma possibilidade que poderá ou não afetar a campanha de Trump que neste momento, nas sondagens, está bastante atrás de Joe Biden, a nível nacional, e cada vez mais atrás em Estados considerados vitais como Flórida e Pensilvânia.
A campanha decorre, para já, com três grandes problemas para TrumpÇ a pandemia do coronavírus, as consequências económicas da pandemia e o eclodir das tensões raciais.
Rahm Emanuel, antigo chefe de gabinete de Barack Obama, disse que Trump perdeu em cada uma dessas crise a oportunidade de liderar e reagir “apropriadamente”.
“O eleitorado viu agora com funciona o Presidente, e a parte importante do eleitorado que ‘é o eleitorado independente chegou à mesma conclusão que os democratas sempre tiveram desde há três anos e meio: O Presidente não tem capacidade para este trabalho, não tem capacidade para unir o país para fazer face a qualquer desses três desafios numa frente unida com o país a apoiá-lo”, sublinhou Emanuel.
“É por isso que por agora todos dizem que não tem capacidade para o trabalho e vão mandá-lo embora, pois chegou o tempo de mudança”, acrescentou o antigo chefe de gabinete do Presidente Barack Obama em declarações à cadeia de televisão ABC.
Mas Chris Christie, antigo governrnador republicano de Nova Jersea disse à mesma cadeia de televisão que, embora Donald Trump seja neste momento aquele que aparece com menos possibildiade de vencer, ainda é muito cedo para se chegar a conclusões e acrescentou que o comício de sábado à noite foi apenas oprincipio,
Qualquer Presidente em tempo eleitoral e com três crises entre mãos (coronavíruas, economia e tensões raciais) enfrentaria dificuldades , mas acrescentou que a chave da corrida é o lançar a campanha através do país e levar Joe Biden a sair de casa em Delaware e começar a fazer campanha”.
“Quando isso acontecer, torna-se numa escolha binária e quando isso acontecer a corrida vai tornar-se mais renhida”, disse Chrisitie.
“Vai ser uma corrida renhida, mas não há dúvidas que neste momento quando faltam quatro meses e meio o Presidente é quem está a perder", acrescentou
Nos próximos meses essa campanha vai sem dúvida intensificar-se .
Especula-se que Donald Trump vai mudar os dirigentes da sua campanha eleitoral que, como se viu no comício de sábado, não está a produzir resultados que sejam do seu agrado.
Há que aguardar para ver