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Conferência Episcopal apela ao diálogo em Angola entre o governo e a sociedade civil


Arcebispo do Saurimo, Dom José Manuel Imbamba, recebe uma prenda dos seus diocesanos (Foto de arquivo)
Arcebispo do Saurimo, Dom José Manuel Imbamba, recebe uma prenda dos seus diocesanos (Foto de arquivo)

Apelo da CEAST surge na sequência da forma como as autoridades trataram um grupo de jovens cuja manifestação foi abortada na última Quinta-feira 19 de Setembro em Luanda e que culminou com algumas detenções.

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, CEAST, defende o diálogo permanente e aberto entre o governo e a sociedade como forma de buscar soluções para os problemas do país.

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A reacção da CEAST surge na sequência da tentativa de manifestação de jovens, abortada na última quinta-feira 19 de Setembro em Luanda pela polícia, que culminou com algumas detenções.

O porta-voz da CEAST, Dom José Manuel Imbamba, disse que a atitude dos jovens em manifestar-se faz parte da dinâmica das próprias sociedades e revela que as pessoas estão a assumir consciência dos seus direitos e deveres.

O bispo Dom Manuel Imbamba condena acções que possam provocar violência entre as pessoas e aconselha quem de direito a saber escutar até aquilo que não quer ouvir.

“No meio de tudo isto é não sentirmos medo do diálogo, não sentirmos medo de ouvir o que os têm para nos dizer, não sentirmos medo de ouvirmos também aquilo que nós não gostamos de ouvir. O importante que demos oportunidade para que todos se possam exprimir para que todos se possam dar a conhecer, mas tudo isto, no respeito a lei no respeito das pessoas no respeito das instituições no respeito de tudo aquilo que deve concorrer para a paz para a reconciliação para a justiça e para o convívio saudável de todos nós”.

Os bispos reunidos recentemente em retiro anual no Lubango, manifestaram-se de igual modo preocupados com a situação de fome e miséria a que estão voltados milhares de angolanos em algumas províncias do sul e litoral sul do país devido a seca.

Dom Manuel Imbamba disse que o acolhimento serviu também para reforçar o apelo as igrejas para a continuidade das ajudas as comunidades carentes.

“É verdade que noutras partes do país a chuva já começou a cair, mas aqui ainda vemos que a chuva ainda não está a dar o seu sinal, por isso, [nós] as dioceses, assumimos esse compromisso de continuarmos a mobilizar os nossos fiéis no sentido de canalizarem esta ajuda aos irmãos ainda em necessidade."

Conferência Episcopal de Angola e São Tomé preocupada com a situação de fome no sul do país.
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