Comité Permanente da UNITA aprovou a candidatura do vice-presidente Raúl Danda à presidência do partido mas só depois de uma votação que revelou alguma divisão interna sobre a candidatura.
Os estatutos da UNITA afirmam que um candidato à presidência tem que ter um mínimo de 15 anos de “militância consequente e irrepreensível”.
Raul Danda abandonou a UNITA durante algum tempo e, embora os anos somados totalizem 15 anos, muitos consideraram que devido à interrupção Danda não se poderia candidatar.
Ao anunciar a decisão, o porta voz do Congresso da UNITA, Ruben Sikato, disse ter havido um problema “com o período de interrupção que permite uma certa interpretação díspar” e devido a isso a comissão ad-hoc encarregue de verificar as candidaturas remeteu o caso para o Comité Permanente do partido.
Depois de uma analise “profundal”, o Comité Permanente “acabou por ter que fazer uma votação” sobre a proposta para validar a candidatura de Raúl Danda.
“Isso levou a uma discussão a nível do Comité Permanente, não foi uma decisão tão fácil de tomar e por isso tivemos de ir a uma votação”, disse o porta voz.
“Dos 57 membros presentes na sala 47 votaram a favor da posição do comité ad-hoc”, acrescentou o porta-voz.
Sikato confirmou, por outro lado, ter sido também aceite a candidatura de Adalberto da Costa Júnior, que submeteu documentos comprovando ter abandonado a cidadania portuguesa porque os estatutos do partido não permitem a dupla cidadania para quem quer concorrer à liderança do partido..