A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) considera que a indicação incorrecta do local de residência actual por parte de alguns eleitores, por altura do registo, e a não actualização do respectivo cadastro podem estar na origem da dispersão dos votantes pelo país.
A porta-voz da CNE respondia assim às denúncias de pessoas que terão de votar a muitos quilómetros da sua residência e diz que o órgão pode ajudar aqueles que terão de ir a distâncias superiores a cinco quilómetros.
Júlia Ferreira disse que, por altura do registo, alguns cidadãos forneceram dados deturpados dos locais de residência,situação que se reflectiu no mapeamento das assembleias de voto.
Quanto às distâncias entre as assembleias de votoe as residências, dentro das circunscrições administrativas, a responsável considerou que não se deve fazer muito alarido sobre o assunto por ser o resultado da definição dos pontos de referência em função das áreas de residência do eleitor.
Júlia Ferreira pediu aos eleitores nestas condições que façam algum esforço para irem votar desde que as distâncias não sejam superiores a cinco quilómetros.
Ela admitiu que noutros casos o órgão está disposto a ajudar.
Em diversas reportagens da VOA vários eleitores queixaram-se do facto de os seus nomes aparecerem em mesas de voto em locais muito distantes das suas áreas de residência.