Numa iniciativa inédita a Associação para a Promoção do Homem Angolano lançou em Benguela a “Feira da Cidadania” em que partidos políticos podem apresentar os seus programas eleitorais.
A iniciativa visa a mobilização do voto e educação cívica eleitoral e a porta-voz do projecto Emiliana Jeque, realçou a necessidade de uma convivência pacífica.
"Como organização defensora da democracia, esperamos que haja cidadania com muita responsabilidade e que haja voto consciente”, disse.
“Estamos a dizer que não se deve procurar intrigas com outros partidos’’, acrescentou.
O projecto conta com o apoio da Comissão Nacional Eleitoral e com o MPLA e a FNLA ainda ausentes, a Aliança Patriótica Nacional aproveita a iniciativa para mostrar que existe também em Benguela, a terceira praça eleitoral.
O foco, segundo o seu secretário para mobilização, Domingos Simiel, está na mensagem relativa ao número de capitais para Angola.
"É algo novo em Angola, queremos três. Desta forma, Luanda fica apenas a capital económica, Nharea a política e Namibe a capital turística’’, disse.
Em nome do Partido de Renovação Social (PRS), Mário Soma sublinha que o seu partido acredita que o modelo federal vai acabar com as amarras da centralização em vários domínios da vida do país
"É o sistema político da autonomia regional, um sistema que separa os poderes, proporciona descentralização e, como disse, dá autonomia local a cada região", explicou.
A UNITA, segundo a militante Domingas Jamba, investe tudo na mudança.
‘’Temos muitos adeptos, por isso há bastante concorrência no nosso material de propaganda” disse Jamba acrescentando que o o seu partido está “a passar a mensagem de que é preciso votar no dia 23, votar na mudança”
É também a palavra de ordem na banca da única coligação concorrente, a CASA-CE, conforme afirmou Bernardo Francisco para quem os principais tópicos destas eleições são ‘’a questão do melhoramento da educação, saúde, descentralização económica”.
“Temos de construir uma verdadeira democracia para o país’’, concluiu.