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CIA impediu ataque terrorista contra concerto de Taylor Swift


Taylor Swift, cantora americana
Taylor Swift, cantora americana

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos, a Central de Inteligência Americana (CIA) descobriram um plano de apoiantes do Estado Islâmico para atacarem um concerto da cantora Taylor Swift em Viena, na Austria, no início do mês, revelou o vice-diretor da organização, David Cohen.

Que se saiba, esta é a terceira vez que a CIA toma conhecimento com antecedência de planos do Estado Islamico para ataques contra alvos civis.

Em duas outras ocasiões, no Irão e Rússia, os avisos da CIA foram ignorados e resultaram em dezenas de mortes em ataques podiam ter sido evitados.

Cohen disse que os suspeitos do plano frustrado para atacar os shows de Taylor Swift em Viena no início deste mês visavam matar "dezenas de milhares" de fãs.

A CIA notificou as autoridades austríacas do esquema, que alegadamente incluía ligações ao grupo Estado Islâmico, classificado de terrorista pelos Estados Unidos.

A informação e as prisões subsequentes levaram ao cancelamento de três shows esgotados da Eras Tour, devastando os fãs que viajaram pelo mundo para ver o show de Swift.

David Cohen
David Cohen

O plano

O vice-diretor da CIA abordou a conspiração fracassada durante a Cimeira Anual de Inteligência e Segurança Nacional, realizada esta semana no Estado americano de Maryland.

Cohen disse que os terroristas “estavam a conspirar para matar um grande número – dezenas de milhares de pessoas neste show, incluindo, tenho certeza, muitos americanos – e estavam bastante avançados nisso”.

“Os austríacos conseguiram fazer essas detenções porque a agência e os nossos parceiros na comunidade de inteligência forneceram-lhes informações sobre o que este grupo ligado ao Estado Islâmico estava a planear fazer”, acrescentou

As autoridades austríacas disseram que o principal suspeito, um austríaco de 19 anos, foi inspirado pelo grupo Estado Islâmico.

Ele supostamente planeava atacar, com facas ou explosivos caseiros, fora do estádio, onde se esperava que mais de 30 mil fãs se reunissem,

Os investigadores descobriram substâncias químicas e dispositivos técnicos durante uma busca na casa do suspeito.

O principal suspeito e um jovem de 17 anos foram detidos a 6 de agosto, um dia antes do anúncio do cancelamento dos espetáculo.

Um terceiro suspeito, de 18 anos, foi preso em 8 de Agosto.

Os nomes não foram divulgados, de acordo com as regras de privacidade austríacas.

O ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, disse anteriormente que a ajuda de outras agências de inteligência foi necessária porque os investigadores austríacos, ao contrário de alguns serviços estrangeiros, não podem monitorar legalmente as mensagens de texto.

Rússia e Irão ignoraram avisos da CIA e mais de 200 pessoas morreram

Em março deste ano foi revelado que poucos dias antes do ataque terrorista contra a sala de concertos em Moscovo, em que morreram 133 pessoas, a 22 daquele mês, o Presidente russo Vladimir Putin rejeitou um alertou da embaixada dos Estados Unidos sobre a possibilidade de um ataque, dizendo se tratar de uma “provocação” e “chantagem”.

O aviso dos Estados Unidos foi totalmente ignorado e não houve qualquer medida de proteção na sala de concertos, onde se deu o ataque.

A embaixada americana em Moscovo também publicou uma nota a avisar americanos na cidade para evitarem ajuntamentos e concertos.

O ataque terrorista foi levado a cabo por um ramo do Estado Islâmico, conhecido com ISIS-Kohrasan.

O Irão cometeu no início do ano o mesmo erro quando ignorou um aviso dos Estados Unidos entregue por vias diplomáticas sobre um possível ataque do mesmo grupo contra ajuntamentos de pessoas.

Uma semana depois, a 3 de janeiro, dois atacantes suicidas mataram mais de 90 pessoas na cidade iraniana de Kerman.

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