As autoridades municipais de Nampula enfrentam dificuldades para retirar as famílias residentes nas zonas ribeirinhas, que são de constante risco de cheias e inundações.
As famílias alegam que nas novas zonas, as autoridades não disponibilizam serviços básicos.
O início da época chuvosa 2018-19 já mostra sinais doeaumento de riscos.
No último domingo, por exemplo, a chuva destruiu a ponte sobre o rio Muhala, que estava em reabilitação.
Nos postos administrativos de Muatala e Muhala, nesta cidade, anualmente, pouco mais de 300 famílias são afectadas pela chuva.
“O Conselho Municipal da Cidade de Nampula trabalha nos bairros propensos a cheias e inundações para identificar as famílias que serãoretiradas,” diz Guillherme Jarahane vereador da área social.
Neste processo, afirma Jarahane, prioridade é dada sempre às pessoas mais carenciadas, que serão colocadas nas áreas de expansão, e foi identificado o posto administrativo de Natikir.
Plano de emergência
Mas Felizardo Cipriano de 38 anos de idade, que vive nas imediações do rio Muatala e viu a sua casa destruída pela chuva, não concorda.
Consciente do sofrimento na época chuvosa, Cipriano diz que a solução não é retirar as pessoas. Ele acha que o município deve construir um sistema de drenagem para impedir que a água invada as casas.
O vereador Jarahane anuncia que o município tem um plano de emergência orçado em mais de um milhão de meticais que será esta semana apresentado a assembleia municipal para aprovação.
Além de retirar as famílias para zonas consideradas seguras, o plano prevê apoio material em casos mais críticos.
Como resultado da época chuvosa em Nampula, várias famílias perdem as suas casas e campos de cultivo. Também nesta época é propensa a eclosão de doenças diarreicas.