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Chico Buarque assina petição a favor de Luaty Beirão


Chico Buarque, cantor brasileiro, à esq. e Luaty Beirão, activista angolano em greve de fome
Chico Buarque, cantor brasileiro, à esq. e Luaty Beirão, activista angolano em greve de fome

Autor de "Morena de Angola" pede intervenção do Governo português.

O músico e escritor brasileiro Chico Buarque subscreveu a petição “Pela Intervenção do Governo Português na Libertação de Luaty Beirão" endereçada ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e ao embaixador português em Angola, João da Câmara.

A iniciativa partiu de Buarque, conhecido homem e activista de esquerda e muito próximo de Lula da Silva e Fidel Castro, entre outros políticos.

O músico e escritor procurou os promotores da iniciativa para manifestar a sua solidariedade ao músico e activista angolano Luaty Beirão, que completa 36 dias em greve de fome nesta segunda-feira.

Chico Buarque é o autor de Morena de Angola, uma canção composta por ele na década de 1990 sobre uma “morena” que,segundo ele, era uma “camarada do MPLA”, partido no poder.

Com mais de 10 mil assinaturas, a petição já foi assinada por várias personalidades, entre elas o fisólofo Jacques Rancière, o realizador Gus van Sant, o artista plástico Stan Douglas e a cineasta e deputada Inês de Medeiros.

Este é o teor da petição:

“O cantor e activista político Henrique Luaty Beirão é angolano, mas é também um cidadão português ilegalmente detido no estrangeiro. Sabemos que está disposto a dar a vida por causas maiores, como a da liberdade e justiça. Também sabemos que a sua morte pode estar próxima, na sequência da sua longa greve de fome. É obrigação constitucional, ética e moral do Governo português não permitir que aconteça. Temos consciência das dificuldades e complexidade das relações diplomáticas entre Angola e Portugal. Porém, nenhum valor pode erguer-se acima da defesa dos Direitos Humanos. E este é um caso de Direitos Humanos. É imperativo que o Governo português tome uma posição e publicamente exija a imediata libertação de Henrique Luaty Beirão. É também obrigação do Governo português comunicar a sua posição a toda a CPLP bem como a toda a comunidade mundial empenhada na defesa dos princípios da liberdade e da igualdade. Portugal não pode persistir como testemunha silenciosa e passiva de um lento assassinato político sem se tornar seu cúmplice.”

"Eu queria que o Luaty parasse", Ana Margoso
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