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Cheias matam sete pessoas e desalojam milhares em Maputo


Foto de arquivo, mulher, cheias em Moçambique
Foto de arquivo, mulher, cheias em Moçambique

Sete pessoas morreram, na província de Maputo, na sequência das cheias provocadas pelas intensas chuvas da semana passada.

A intempérie, que colheu muitas famílias de surpresa, desalojou mais de 30 mil pessoas, parte das quais abrigada em escolas transformadas em centros transitórios.

Nesses centros só se ouvem histórias de surpresa e infortúnio.

Cheias matam sete pessoas e desalojam milhares em Maputo
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“Perdi tudo. A minha casa foi engolida pela água e tudo o que tinha, incluindo as aves que eu criava para o meu sustento” diz Ester Macauze, uma das centenas de pessoas acolhidas na Estação de Tratamento de Água, em Umbeluze.

Outra sobrevivente, que prefere omitir o nome, recorda que viu “pelo caminho uma mulher que tinha quatro crianças que acabaram escorregando no meio de uma ponte partida pela água e desapareceram”.

As autoridades admitem que a intensidade da chuva surpreendeu a todos, pois atingiu uma magnitude que há pelo menos duas décadas não era vista.

“Há muito tempo que não víamos algo assim, de tal forma que quando começamos a lançar alertas para as populações em zonas ribeirinhas abandonarem os locais e procurarem abrigo em zonas altas, ninguém queria acreditar” disse Teresa Mauaie, administradora do distrito da Moamba.

Governo avalia estragos

O governo da província de Maputo estima que até a manhã desta segunda-feira, mais de nove mil pessoas precisavam de assistência alimentar.

O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, liderou este fim de semana, a equipa do governo que esteve no terreno para avaliar os estragos.

Maleiane visitou algumas famílias nos centros de acomodação e parte das infraestruturas públicas destruídas pelo mau tempo, e deixou uma garantia de que tudo será feito para repor os danos.

“Vamos ver a dimensão dos estragos; vai depender muito do nível de estragos que as infraestruturas tiverem sofrido (...) depois determina-se quanto e o programa”, disse Maleiane.

O balanço e as contas da destruição ainda estão longe do fim, porque a época chuvosa só termina em Março e as previsões indicam que até lá a situação ainda pode piorar.

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