O responsável pelas questões climáticas das Nações Unidas apelou aos países do G20 para que impulsionem as negociações da COP2, no sentido de um acordo que permita angariar fundos para os países em desenvolvimento, alertando para o “longo caminho a percorrer”.
Os negociadores trabalharam durante toda a noite para reduzir as suas diferenças nas conversações da ONU em Baku, antes da chegada dos ministros na próxima semana para os últimos dias da cimeira, mas continuam a existir grandes diferenças.
Simon Stiell, chefe da ONU para o clima, apelou aos líderes do Grupo dos 20 países, que inclui as maiores economias do mundo e os principais poluidores, para que se pronunciem quando se reunirem no Brasil, na segunda-feira.
“No momento em que os líderes do G20 se dirigem para o Rio de Janeiro, o mundo está atento e espera sinais fortes de que a ação climática é fundamental para as maiores economias do mundo”, afirmou Stiell num comunicado.
Alguns países em desenvolvimento, que são os menos responsáveis pelas emissões globais de gases com efeito de estufa, querem um compromisso anual de 1,3 biliões de dólares para os ajudar a adaptarem-se ao impacto climático e a fazerem a transição para energias limpas.
Este valor é mais de 10 vezes superior ao que os doadores, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão, pagam atualmente.
Mas as negociações estão bloqueadas quanto ao valor final, ao tipo de financiamento e a quem deve pagar, com os países desenvolvidos a quererem que a China e os países ricos do Golfo se juntem à lista de doadores.
O último projeto de acordo tinha 25 páginas e ainda continha uma série de opções.
“Aqui em Baku, os negociadores estão a trabalhar sem parar num novo objetivo de financiamento do clima”, disse Stiell.
“Há um longo caminho a percorrer, mas todos estão conscientes do que está em jogo, a meio caminho da COP”, afirmou.
“O progresso do financiamento climático fora do nosso processo é igualmente crucial, e o papel do G20 é de missão crítica.”
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