O Presidente da República da Guiné-Bissau pediu mais recursos financeiros para o seu país enfrentar os prejuízos causados pelas mudanças climáticas e instou os líderes munciais a assumirem a suas responsabilidades antes estes desafios.
Ao intervir no primeiro dia da 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP29), que decorre em Baku, no Azerbaijão, nesta terça-feira, 12, Umaro Sissoco Embaló enumerou algumas medidas que o seu Governo tem tomado para enfrentar as mudanças climáticas e pediu "compromissos dinâmicos a favor da justiça climática, da solidariedade internacional e do desenvolvimento sustentável”.
“Devemos ter a vontade política de assumir as nossas responsabilidades e de, coletivamente, encarar os desafios atuais com o necessário espírito de cooperação e solidariedade”, exortou Sissoco Embaló, quem destacou que o “compromisso dos nossos parceiros e o apoio da comunidade internacional serão essenciais para garantir uma transição energética justa e acessível, respeitando o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.
Na Guiné-Bissau, segundo o Chefe de Estado, as autoridades têm implementado uma série de ações estratégicas para mitigar os impactos climáticos e reforçar a resiliência das nossas comunidades”. Visando, nomeadamente, a reflorestação e proteção dos mangais, que considera serem fundamentais para a preservação da biodiversidade e para a absorção de carbono.
“Estamos também a promover iniciativas de conservação da água e fortalecimento da agricultura sustentável, que consideramos setores importantes para garantir a segurança alimentar”, afirmou Sissoco Embaló, reiterando a necessidade do apoio dos parceiros da Guiné-Bissau.
Ao considerar que a COP29 acontece num momento crucial para o planeta, o Presidente guineense defendeu “um acompanhamento internacional para continuarmos a investir em programas que fortaleçam a resiliência dos nossos ecossistemas e das nossas comunidades, principalmente através de estratégias de conservação da biodiversidade e de mitigação de riscos climáticos”.
Umaro Sissoco Embaló concluiu dizendo esperar que as decisões da conferência de Baku revelem uma tomada de consciência coletiva sobre os graves perigos que ameaçam o mundo.
Refira-se que, entre os países africanos de língua portuguesa, participam na COP29 o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada.
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