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Canibal detido na província moçambicana de Tete


Polícia interveio para impedir seu linchamento

Um homem foi detido pelas forças de segurança na provincia moçambicana de Tete, por canibalismo, profanação de tumulos e posse de ossadas humanas, um fénomeno que se associa à perseguição de calvos e albinos, segundo informações que a VOA teve acesso nesta quarta-feira, 24.

O homem foi preso na posse de várias ossadas humanas, fotografias e vestes das suas vítimas, a maioria tirada nas violações de túmulos em cemitérios, reacendendo o debate sobre o obscurantismo em Moçambique.

Três familias reconheceram fotografias dos seus entequeridos no interior da residência do canibal, o que despoletou a sua descoberta após oferecer carne humana a umaparente, durante um jantar na segunda-feira, 22.

“Fui chamada a vir observar para ver se eu encontrava a fotografia do meu filho falecido, e estava no interior da casa”, disse a mãe de uma das vitimas, perante uma revolta da população, desapontada com a violência e ataque social à aquela comunidade.

“Tentava fazer-se passar por maluco (demente) enquanto comia carne humana”, manifestou revolta uma outra moradora do bairro Sansão Mutemba.

A polícia moçambicana teve de intervir para evitar o linchamento do canibal pela opulação, tendo recolhido provas que consubstancia um processo-crime, "que já esta em curso, disse Lurdes Ferreira, porta-voz da Policia de Tete.

O sociológo Boaventura Bosco liga o caso do cabinalismo com a desestruturação do tecido sociedade, além da tendência do obscurantismo.

“Isso é obscurantismo”, precisou Bosco.

A lei moçambicana prevê a penalização por canibalismo com penas maiores.

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