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Camponeses angolanos querem menos burocracia e mais acesso ao crédito


Agricultores pedem ao Governo que investigue esses esquemas e agilize o acesso ao crédito.

Milhares de camponeses organizados em cooperativas agrícolas nas províncias do Huambo e do Bié denunciam "esquemas" nos bancos comerciais na concessão de crédito agrícola.

Eles pedem ao Governo que investigue esses esquemas e agilize a bucocracia no acesso ao crédito.

Camponeses angolanos querem menos burocracia e mais acesso ao crédito
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O Ministério da Finanças em comunicado recente informou que os fornecedores locais devem obter financiamento por meio de crédito de curto prazo concedido pelos bancos comerciais, para a compra de insumos agrícolas.

Essa iniciativa faz parte do programa de Crédito Agrícola de Campanha 2023-2024, que visa facilitar o acesso ao crédito para as cooperativas de camponeses, estimulando a produção em grande escala e assim contribuir para a redução da fome e da pobreza.

No entanto, líderes de cooperativas como Jacinto Belo e Justino Costa relatam dificuldades e possíveis desvios de finalidade por parte dos bancos comerciais.

"Os bancos estão a usar as cooperativas e a trabalhar com os mesmos valores que Estado diz ter alocado, se alocou na verdade, porque quando vamos nas reuniões nos dizem que o Banco Mundial alocou valores para a produção nacional mas não vemos", afirma Belo.

Por seu lado, Justino Costa assinala a importância destes programas poderem ser" mais objetivos e desburocratizados para alavancar a agricultura familiar".

A má distribuição de fertilizantes pelo Governo também tem afetado a produção agrícola, o que aumenta os desafios enfrentados pelos camponeses.

Os homens do campo sugerem uma maior monitoria da situação e a atuação da Procuradoria Geral da República para garantir transparência e prestação de contas nessas questões.

"O Governo adotou o sistema de dar os fertilizantes às administrações que não são cooperativas e não colaboram connosco, ele dão a quem quirem", lamenta Antônio Costa, agricultor local.

O programa governamental pretende alcançar mais de 16 mil camponeses.

A Associação Angolana de Bancos foi contatada pela Voz da América para esclarecimentos, mas até o momento não houve resposta.

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