O Movimento para a Democracia (MPD), partido que suporta o executivo de Cabo Verde, desvaloriza as denúncias sobre a falta de transparência nas privatizações, e acusa a maior formação política da oposição de fazer tempestade em copo de água e de estar desnorteada do contexto nacional.
Esta quarta-feira, 9, em conferência de imprensa, o secretário-geral do MPD considerou que o posicionamento do PAICV, demonstra que o mesmo está obcecado em lançar farpas, mas sem apresentar qualquer dado concreto sobre as denúncias que faz.
Miguel Monteiro diz que contrariamente àquilo que o Governo anterior fez ao anunciar a privatização de varias empresas em 2002 e 2014, com despacho conjunto de apenas dois ministros, o actual governo está a agir dentro dos parâmetros legais, aprovando uma resolução em conselho de ministros e publicada no boletim oficial.
O PAICV “preferiu conduzir empresas públicas e participadas do estado a situações de falência, com graves impactos sobre a economia do país (…) preferem ter empresas falidas do que ter gestão privada, se for com participação de privados estrangeiros a rejeição e a desconfiança são ainda maiores”, afirma Monteiro.
O secretário-geral afirma que o governo do MPD assume a privatização como um mecanismo de tornar as empresas mais eficientes, com melhores modelos de gestão e negócios, deixando o estado de injectar milhares de contos.
Tais verbas, diz, devem ser canalizadas para reforçar sectores como a educação, saúde e outros.
O dirigente do partido no poder afirma que o executivo está a proceder correta e de forma transparente, dai o facto de estranhar as críticas que considera infundadas.