O presidente da Confederação dos Sindicatos Livres - Central Sindical diz que o Sindicato da Policia esteve bem e o governo mal no processo de discussão para evitar a paralisação, em finais de 2017.
Reagindo às declarações do primeiro-ministro, que considerou o incumprimento da requisição um atentado ao estado de direito democrático, José Manuel Vaz, diz que são como uma bomba da al Qaeda contra a polícia nacional.
Vaz considera despropositadas as declarações de Ulisses Correia e Silva e critica o facto de nas greves realizadas anteriormente - agentes prisionais, da polícia judiciária, oficiais de justiça e outras classes profissionais - nunca ter havido reacção do género.
Quanto à requisição civil decretada pelo executivo, Vaz acusa o governo de não cumprir as regras de jogo nas negociações mediadas pela direcção geral de trabalho, tendo optado por uma atitude de força ao requisitar quase a totalidade dos efectivos, na clara intenção de esvaziar a greve.
O líder sindical disse que a referida estrutura vai apresentar uma queixa à Organização Internacional do Trabalho.
Questionado sobre a possibilidade de se alterar a lei no sentido de impedir que as forças policiais façam greve, José Manuel Vaz diz não acreditar nessa possibilidade, porquanto seria um grande retrocesso e grave para a imagem do país.
O governo diz ter cumprido vários itens do memorando assinado com o sindicato da policia e realizados vários investimentos, na polícia nos últimos anos, e promete responsabilizar todos os grevistas que não cumpriram a requisição civil.