Arrancou hoje, em Cabo Verde, a greve de três dias decretado pelo sindicato da polícia nacional (Sinapol).
O presidente do Sinapol, José Barbosa, considera que a adesão ronda os noventa por cento a nível nacional, e que os objectivos foram cumpridos.
O sindicato representativo da polícia nacional reivindica aumento salarial, redução da carga horária, entre outras condições para a dignificação da classe.
O governo decretou a requisição civil de 1500 efectivos, mas ficou claro que a mesma não foi cumprida na íntegra, tendo em conta o número de efectivos que aderiram à greve.
Centenas de agentes vestidos com camisetes pretas iniciaram a manifestação na sede do Sinapol e desfilaram pelas principais artérias da Achada de Santo António. Passaram pela Assembleia Nacional, Comando Regional, Palácio do Governo e concentraram-se defronte ao ministério da Administração interna, onde pediram a demissão do ministro Paulo Rocha.
Acusam o ministro de faltar ao compromisso assumido no sentido de resolver a questão salarial e outras reivindicações.
Em reacção o ministro da Administração interna disse à imprensa que não se justifica a greve, uma vez que o governo fez vários investimentos para melhorar as condições de trabalho e situação dos efectivos.
“Estamos num país com parcos recursos e no ano de seca, as pessoas deviam ser mais solidárias e responsáveis, deviam colaborar mais e contribuir para o reforço da segurança e não o contrario,” disse o ministro.
Paulo Rocha afirma que está tranquilo, não se demite e que o executivo tudo fará para garantir a segurança das pessoas e bens. Neste aspecto, Rocha conta com a colaboração da polícia judiciária e das forças armadas.