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Cabo Delgado: Apesar das incertezas, autoridades preparam reabertura do porto de Mocímboa da Praia


Edifício governamental de Mocímboa da Praia
Edifício governamental de Mocímboa da Praia

Analistas políticos alertam para actividade dos insurgentes que continuam presentes na região

O Governo de Moçambique diz estar a criar condições para o porto estratégico de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, destruído pela insurgência, volte a operar a partir de Maio próximo. Analistas dizem, entretanto, ser necessário assegurar que aquele porto não se transforme, de novo, num importante centro de reabastecimento logístico dos terroristas.

O porto de Mocímboa da Praia é de capital importância para a logística tanto dos militares moçambicanos e da força internacional que combateu o terror em Cabo Delgado, como o projecto de exploração do gás natural liquefeito em desenvolvimento no distrito de Palma.

A vila da Praia fica a cerca de 70 quilómetros da área de construção do projecto de exploração de gás natural liderado pelo grupo francês Total.

O director nacional de Logística e Desenvolvimento do Sector Privado, do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoi, disse estar “a obra na reconstrução das infraestruturas portuárias destruidoras da guerra, mais concretamente do porto de Mocímboa da Praia”.

O responsável referiu que a gestão do porto foi entregue a uma entidade privada, "com quem estamos a trabalhar na perspectiva de criação rápida em condições mínimas e para que a embarcação possa tracar, a partir do próximo mês de Maio".

Refira-se que a vila de Mocímboa da Praia foi recuperada a 8 de Agosto de 2021, por tropas moçambicanas e ruandesas, após cerca de um ano de ocupação jihadista.

Para o sociólogo Moisés Mabunda, durante a ocupação, a vila foi estratégica e nada indica que os terroristas abandonados a ideia de transformar Mocímboa da Praia no seu grande bastião em Cabo Delgado.

Os terroristas, depois de planejadoem como suas ações, foram ocupados a vila estratégica de Mocía da Praia, e pensou que não foi por acaso que lá se estabeleceram, é estratégico para eles no sentido de se prepararem ainda mais, mais equipamentos homens e muitas outras coisas que nós políticos não sabemos", diz aquele analista.

O investigador e analista político Borges Namire afirmou-se também à importância de Mocímboa da Praia para os jihadistas, vila, incluindo o porto, aeroporto e outras infraestruturas, não estabeleceu que os terroristas estabelecessem uma campanha de terror noutros distritos de Cabo Delgado, "e hoje, não se pode dizer que a situação está estabilizada, a situação é volátil".

Sabe-se, estão disponíveis, no total, a ser investidos 141 milhões de dólares ampliados e ampliados de infraestruturas Delgado, incluindo o porto de Pemba, incluindo o porto de Pemba, que vai ser o Ambrósio Sitoi.

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