Na sequência da evasão dos reclusos na unidade penitenciária do Yabi, em Cabinda, segunda-feira 26, o secretário de Estado para os serviços prisionais suspendeu hoje toda direcção da prisão.
Todos os funcionários que ontem se encontravam de serviço estão a ser submetidos a um exaustivo interrogatório para se tentar apurar as causas do motim e da fuga. No mesmo sentido, estão a ser interrogados algum reclusos recapturados para determinar as verdadeiras causas da evasão
Cento e nove reclusos continuam em fuga e 41 outros foram capturados. Este é, pelo menos, o balanço provisório das autoridades prisionais na sequência da evasão, na segunda-feira, de mais de 300 reclusos na unidade penitenciaria do Yabi em Cabinda.
As autoridades prisionais anunciaram igualmente a captura do mentor da fuga. Pablito, nome por que é mais conhecido, foi capturado pelas forças de defesa e segurança na fronteira do Yema quando pretendia atravessar para a vizinha República Democrática do Congo.
O seu estado de saúde, segundo fontes daquela unidade prisional, é bastante crítico em função do forte espancamento que foi submetido.
O estado de saúde deste e dos outros reclusos, não obstante os constrangimentos criados no controlo penal e na segurança pública, fez com que o conselho provincial da Ordem dos Advogados convocasse o seu Conselho Provincial para analisar a violação dos direitos humanos na unidade penitenciária de Yabi em Cabinda.
Na sequência do motim e evasão da cadeia, de acordo com informações, dois reclusos ficaram gravemente feridos e encontram-se a receber tratamento médico no hospital central de Cabinda.
A polícia de intervenção rápida e outras forças de defesa e segurança patrulham os perímetros das zonas fronteiriças por se recear que a maioria dos prófugos esteja a caminho da vizinha República Democrática do Congo.