Após o anúncio de que os britânicos tinham votado a favor da saída da União Europeia, o primeiro-ministro David Cameron afirmou que o Reino Unido "deve buscar um novo primeiro-ministro" e anunciou que vai renunciar ao cargo em Outubro.
A vitória do "Brexit" fez cair também as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado.
A libra esterlina atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos.
"Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou Cameron, para quem a negociação da saída da EU “deve começar com um novo primeiro-ministro".
O primeiro-ministro britânico estava sobre intensa pressão para renunciar por ter sido ele quem prometeu realizar o referendo, caso ganhasse as eleições gerais de 2015, embora tenha feito campanha para ficar no bloco europeu.
A decisão de Cameron contraria o que ele afirmou em entrevista no sábado, 18, ao The Times quando disse que continuaria à frente do Governo independentemente do resultado do referendo.
Oficialmente, o plebiscito não é "vinculativo" ou seja, a saída da União Europeia não é obrigatório, podendo o resultado ser bloqueado pelos deputados e pelo próprio primeiro-ministro.
Entretanto, analistas dizem que muito dificilmente o futuro primeiro-ministro e os parlamentares tentarão contrariar a decisão popular, o que, afirma, seria um suicídio político.
A negociação com a União Europeia deve demorar dois anos.
Do outro lado, o líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage comemorou a vitória no Twitter: "Temos o nosso país de volta. Obrigado a todos ".
Pouco depois, defendeu a formação de um novo governo.
A opção de "sair" venceu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, num universo de 46,5 milhões de eleitores.