O Brasil é o país mais perigoso para os defensores do meio ambiente, segundo um relatório da Global Witness divulgado na quinta-feira, dia 13 de julho.
Os dados mostram que o Brasil registrou 25% dos assassinatos de activistas ocorridos no mundo em 2016, um total de 49 mortes.
No Brasil, as ameaças são voltadas principalmente contra defensores da Amazônia e de terras indígenas, disse a coordenadora nacional da Comissão Pastoral da Terra, Jean Bellini.
Pelo menos 200 ativistas ambientais foram mortos em todo o mundo no ano passado, 60% deles na América Latina.
Segundo a Global Witness, os assassinatos são a última de uma de série de tácticas para silenciar ativistas, incluindo ameaças de morte, prisões, assédio sexual, sequestros e ataques jurídicos.
No ano passado, os assassinatos de activistas ambientais também se espalharam geograficamente, atingindo 24 países, contra 16 em 2015.
Brasil, Colômbia e Filipinas são responsáveis por mais da metade das mortes, seguidos por Índia, Honduras, Nicarágua, República Democrática do Congo e Bangladesh.
Em todo o mundo, quase 40% dos assassinatos foram de indígenas, em casos em que as terras ocupadas por gerações foram roubadas por companhias, ruralistas ou membros do estado.