A Polícia Federal (PF) retomou nesta Quarta-feira, 27, as acções da operação Lava Jato com a realização de uma nova fase que investiga suposto repasse disfarçado de suborno a agentes envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras por meio de um empreendimento imobiliário, com participação de uma empreiteira já investigada, informou a PF.
A 22ª etapa da Lava Jato, chamada "Triplo X", também investiga um suposto grupo criminoso que possibilitava a investigados movimentar recursos recebidos de propina* no exterior, acrescentou a PF em nota.
Foram expedidos 6 mandados de prisão temporária, além de 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de condução coercitiva nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba.
"Nesta fase são apurados os crimes de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, dentre outros", disse a Polícia Federal.
A empreiteira com envolvimento na nova etapa da Lava Jato seria a OAS e a PF também estaria investigando a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), segundo os media.
O empreendimento imobiliário envolvido na investigação fica no mesmo condomínio no Guarujá (SP) onde a OAS havia reservado um apartamento triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula.
A Lava Jato investiga o esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras e outras empresas e órgãos públicos, empreiteiras, partidos e políticos, e já levou à prisão vários ex-executivos da petrolífera e de empreiteiras, além de políticos.
*Suborno