O Ministério da Saúde do Brasil confirmou nesta quinta-feira a terceira morte causada pelo vírus zika no Brasil.
A vítima, uma jovem de 20 anos, morreu em Abril do ano passado, 12 dias após ser internada no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, no Estado do Rio Grande do Norte.
A paciente era do município de Serrinha e teve problemas respiratórios.
A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo hoje, depois de o caso ter sido levado à Organização Mundial de Saúde (OMS), que já havia considerado o vírus zika explosivo
Na época, a suspeita era que a paciente tivesse morrido devido de dengue, mas os exames não foram conclusivos.
O laudo que confirmou a infecção por zika foi feito pelo Instituto Evandro Chagas em Novembro.
O primeiro paciente foi um homem do Maranhão, que apresentava lúpus, doença que pode se complicar de forma expressiva quando o organismo é infectado por bactérias ou por vírus, como o zika.
O segundo caso é de outra jovem de 16 anos, que teve como primeiros sintomas dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos pelo corpo e morreu em outubro. Ela morava no município de Benevides, no Pará.
As mortes por zika no Brasil são as primeiras registadas no mundo.
A velocidade com que o vírus se propaga e a associação com casos de microcefalia fizeram a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerar a epidemia de uma emergência global.
O zika tem se mostrado muito menos letal que a dengue, que mata entre 25 mil e 50 mil pessoas por ano no mundo.
Entretanto, o perigo maior vem do facto de não se conhecer exactamente como o vírus se propaga e por haver indícios de que está na origem de vários casos de microcefalia em bebés no Brasil.