O antigo chefe da armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de drogas nos Estados Unidos, compareceu perante um tribunal de Nova Iorque com uma defensora pública, alegando que "não tinha dinheiro" para contratar um advogado privado.
Segunda a acusação Na Tchuto cobrava um milhão de dólares por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos no início do mês em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência americana de combate ao tráfico de drogas.
O embaixador da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas, João Soares da Gama, esteve presente em tribunal e reuniu-se com Bubo Na Tchuto antes da audiência, onde este lhe garantiu que não tinha dinheiro para contratar um advogado privado.
No final da audiência, Na Tchuto pediu à sua advogada que, quando contactasse a sua família, lhes pedisse para mandar dinheiro, "para comprar algumas coisas, como sapatos", explicou Soares da Gama à agência Lusa.
Soares da Gama disse ainda que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.
Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA, arriscando a prisão perpétua.
Na audiência, a acusação disse que terminaria a produção de prova a 30 de Maio.
A defesa pediu 60 dias para analisar toda a prova produzida, e o juiz Richard Berman marcou a próxima audiência para dia 25 de Julho.
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou no Conselho de Segurança que o envolvimento da ONU na Guiné-Bissau está “num momento crítico”.
“Na sequência do golpe militar do ano passado, a ONU tem continuado a promover um diálogo inclusivo entre os atores nacionais, para uma reposição da ordem constitucional”, disse o secretário-geral da ONU.
A agência da ONU anti-narcotráfico e crime organizado considerou recentemente a Guiné-Bissau como o país da África Ocidental mais afectado pela ingerência do narcotráfico na governação.
Num relatório divulgado no final de Fevereiro, refere que a Guiné-Bissau registou várias “mudanças abruptas de governo” desde que a droga começou a transitar pelo país, cuja economia vale menos do que muitas das apreensões de droga na região, e que altas patentes militares são suspeitas de cumplicidade no tráfico de cocaína.
O Prémio Nobel timorense José Ramos-Horta é desde Fevereiro o novo chefe do gabinete da ONU em Bissau, UNIOGBIS, que viu recentemente renovado pelo Conselho de Segurança o seu mandato.
O mandato foi prolongado por apenas 3 meses, até 31 de Maio, dado que Ramos-Horta está em início de funções e a fazer uma avaliação da situação no terreno, com base na qual Ban Ki-moon irá fazer um conjunto de recomendações para ajustar o mandato da UNIOGBIS.
Segunda a acusação Na Tchuto cobrava um milhão de dólares por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos no início do mês em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência americana de combate ao tráfico de drogas.
O embaixador da Guiné-Bissau junto das Nações Unidas, João Soares da Gama, esteve presente em tribunal e reuniu-se com Bubo Na Tchuto antes da audiência, onde este lhe garantiu que não tinha dinheiro para contratar um advogado privado.
No final da audiência, Na Tchuto pediu à sua advogada que, quando contactasse a sua família, lhes pedisse para mandar dinheiro, "para comprar algumas coisas, como sapatos", explicou Soares da Gama à agência Lusa.
Soares da Gama disse ainda que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.
Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA, arriscando a prisão perpétua.
Na audiência, a acusação disse que terminaria a produção de prova a 30 de Maio.
A defesa pediu 60 dias para analisar toda a prova produzida, e o juiz Richard Berman marcou a próxima audiência para dia 25 de Julho.
Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou no Conselho de Segurança que o envolvimento da ONU na Guiné-Bissau está “num momento crítico”.
“Na sequência do golpe militar do ano passado, a ONU tem continuado a promover um diálogo inclusivo entre os atores nacionais, para uma reposição da ordem constitucional”, disse o secretário-geral da ONU.
A agência da ONU anti-narcotráfico e crime organizado considerou recentemente a Guiné-Bissau como o país da África Ocidental mais afectado pela ingerência do narcotráfico na governação.
Num relatório divulgado no final de Fevereiro, refere que a Guiné-Bissau registou várias “mudanças abruptas de governo” desde que a droga começou a transitar pelo país, cuja economia vale menos do que muitas das apreensões de droga na região, e que altas patentes militares são suspeitas de cumplicidade no tráfico de cocaína.
O Prémio Nobel timorense José Ramos-Horta é desde Fevereiro o novo chefe do gabinete da ONU em Bissau, UNIOGBIS, que viu recentemente renovado pelo Conselho de Segurança o seu mandato.
O mandato foi prolongado por apenas 3 meses, até 31 de Maio, dado que Ramos-Horta está em início de funções e a fazer uma avaliação da situação no terreno, com base na qual Ban Ki-moon irá fazer um conjunto de recomendações para ajustar o mandato da UNIOGBIS.