“Não param de chegar pessoas, e estamos a tentar atender as necessidades mais básicas”, disse, hoje, 3 Dezembro, o bispo de Pemba aos eurodeputados, numa sessão dedicada à insurgência, em Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Dom Luíz Fernando Lisboa sublinhou que é necessário “mais apoio para ajudar condignamente” as vítimas da violência.
As acções de insurgentes, descritos pelo Governo de Maputo como aliados ao Estado Islâmico, causaram, desde 2017, a morte de, pelo menos, duas mil pessoas, e forçaram a fuga de mais 500 mil para zonas tidas como seguras.
Os Eurodeputados, em particular os portugueses, pedira à liderança da União Europeia (EU) mais ação.
“Nós não podemos esperar, porque o povo de Moçambique não pode esperar mais”, disse a legisladora Isabel Santos, do Partido Socialista português.
De recordar que a UE já se comprometeu a ajudar Moçambique a lidar com a insurgência.
“Cabo Delgado é uma prioridade das ações humanitárias da UE,” reafirmou Francesca di Mauro, responsável por África na Direcção-Geral de Desenvolvimento e Cooperação Internacional da Comissão Europeia.
Nessa ajuda da UE a Moçambique, ressalvou a nova chefe de política externa para África, Rita Laranjinha, devem merecer igual atenção a democratização, reformas nas finanças públicas, descentralização e inclusão, que são essenciais para combater a alienação e vulnerabilidade à violência extrema.