Os eurodeputados que integram a Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu (PE) debatem nesta quinta-feira, 3, a situação na província moçambicana de Cabo Delgado, no momento em que aumentam os apelos para uma intervenção do Governo e de parceiros internacionais na região ante o elevado número de deslocados e mortes registado desde o início da insurgência em outubro de 2017.
O anúncio foi feito pelo deputado português, do PSD, Paulo Rangel, na sua página no Facebook, ao escrever “Moçambique volta ao Parlamento Europeu”.
“A crise humanitária e de segurança que o país continua a viver, agravando-se de dia para dia, voltará a ser debatida na Comissão dos Assuntos Externos já no próximo dia 3 de dezembro”, acrescentou Rangel, dizendo que “queria deixar aqui esta notícia, especialmente aos nossos amigos moçambicanos que sentem este drama de uma forma muito particular”.
O eurodeputado reiterou o que tem dito desde que, segundo ele, iniciou “esta missão de alertar a Europa e o mundo para o drama de Cabo Delgado: todos os esforços são poucos para travar o desastre e continuarei a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para quebrar o silêncio e a apatia global”.
O debate foi agendado duas semanas depois de um pedido feito pelo Partido Popular Europeu (PPE), por iniciativa do deputado português do CDS-PP, Nuno Melo..
Por agora, desconhece-se o formato do encontro.
Moçambique enfrenta um insurgência desde outubro de 2017 que já deixou mais de dois mil mortos e cerca de 500 mil deslocados.
O grupo de insurgentes, localmente chamado de "al-shabab", tem defendido posições islâmicas radicais e o Estado Islâmico também têm reivindicado alguns dos ataques.