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Biden reafirma permanência na corrida à Casa Branca


O Presidente dos EUA, Joe Biden, participa num evento de campanha na Escola Secundária Sherman Middle, em Madison
O Presidente dos EUA, Joe Biden, participa num evento de campanha na Escola Secundária Sherman Middle, em Madison

O seu próximo grande teste será a conferência de imprensa agendada para quinta-feira, 11, durante a cimeira dos líderes da NATO em Washington.

Numa entrevista televisiva ao canal abc, vista como um teste ao presidente Joe Biden, a estratégia de Biden foi negar categoricamente a queda dos números das sondagens e as preocupações sobre a sua aptidão física e mental, desencadeadas pelo seu desempenho desanimador contra o rival Donald Trump.

Biden culpou uma forte constipação pelo fracasso do debate e insistiu que foi apenas uma "noite má" e não uma prova de fragilidade crescente e declínio cognitivo.

Questionado sobre se o facto de se manter na corrida poderia pôr em risco a manutenção dos Democratas na Casa Branca, Biden disse: "Não creio que haja alguém mais qualificado para ser presidente ou ganhar esta corrida do que eu".

O presidente de 81 anos foi inflexível ao afirmar que não seria pressionado a terminar a sua campanha. "Se o Senhor Todo-Poderoso descesse e dissesse: 'Joe, sai da corrida', eu sairia da corrida", afirmou. "Mas o Senhor Todo-Poderoso não está a descer."

Algumas das suas respostas foram hesitantes, sinuosas e difíceis de seguir, mesmo quando procurou desviar as questões sobre a sua acuidade mental e rejeitou a ideia de que o seu partido poderia considerar a sua substituição.

Horas antes da entrevista televisiva, num comício de campanha em Madison, Wisconsin, o presidente fez um discurso enérgico, declarando inequivocamente: "Vou manter-me na corrida. Vou derrotar Donald Trump".

David Axelrod, um dos principais assessores da Casa Branca de Barack Obama, escreveu na rede social X que a entrevista mostrava um presidente "perigosamente fora de contacto" com as preocupações sobre a sua aptidão para o cargo.

Dissidência interna

As sondagens pós-debate mostraram um défice cada vez maior a favor de Trump.

Os murmúrios de dissidência dentro do seu próprio partido democrata transformaram-se - no caso de cinco representantes individuais da Câmara - em apelos directos à demissão, e alguns dos principais doadores ameaçaram cortar o financiamento se Biden insistir em manter o rumo.

"Não acredito que o Presidente possa efetivamente fazer campanha e ganhar contra Donald Trump", disse Angie Craig, a última democrata da Câmara a romper fileiras, no sábado, 6.

O líder da minoria na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, agendou para domingo uma reunião virtual de altos representantes democratas para discutir o melhor caminho a seguir, e o senador democrata Mark Warner está, alegadamente, a trabalhar para convocar um fórum semelhante na Câmara Alta.

A equipa de campanha de Biden está a avançar de qualquer forma, com um evento planeado na Pensilvânia no domingo e visitas a outros estados do campo de batalha no final do mês.

O seu próximo grande teste será a conferência de imprensa agendada para quinta-feira, 11, durante a cimeira dos líderes da NATO em Washington.

c/ AFP

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