João Marcos
Famílias desalojadas em consequência das chuvas na província de Benguela avisam que não têm condições para erguer a casa própria, mas o Governo insiste que o seu compromisso acaba na entrega de alicerces.
Por isso é já um dado adquirido que os sinistrados ficarão em tendas mais tempo do que os quatro meses definidos pelas autoridades.
Algumas das vítimas dizem que não têm capacidade para erguer as casas elas próprias.
Quem viu a água arrastar tudo, inclusive a esperança, não tem condições para levantar uma casa condigna, ainda que com algum material de construção à disposição, reclamam os visados.
O certo é que o vice-governador para a área técnica e de infra-estrutura reafirma que o seu compromisso termina com a entrega das bases. Victor Moita até admite fazer algo mais, referindo-se à construção de cinco casas/modelo, mas descarta o envolvimento do Executivo.
No Camuringue, à saída do Lobito, estão mais de 200 famílias, que deverão juntar-se às 70 que há muito residem nos Cabrais, a área definida para o realojamento definitivo.