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Benguela: À espera de ajuda desalojados regressam às zonas perigosas


Bairro do Calombotão em Benguela - Zona Industrial-Fabrica de Emulsões Betuminosas do Instituto de Estradas de Angola após as chuvas que inundaram a zona
Bairro do Calombotão em Benguela - Zona Industrial-Fabrica de Emulsões Betuminosas do Instituto de Estradas de Angola após as chuvas que inundaram a zona

Vítimas das cheias de Março de 2015 na província angolana de Benguela, ainda alojadas em tendas e obras por concluir, dizem estar sem soluções para a falta de alimentos, electricidade, água, transporte e outros serviços sociais que motivam a fuga de famílias.

Vitimas das cheias de Benguela ainda á espera de habitação - 2:45
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Fixado em 350 há quatro anos, o número de famílias sinistradas à espera de casas nos Cabrais, entre 50 a 80 quilómetros do Lobito e Catumbela, está a baixar porque muitas preferem regressar às chamadas zonas de risco, de onde o Governo quer retirar milhares de cidadãos.

‘’Estamos mal, não há casa, uns já não vivem aqui por causa do sofrimento”, disse Silvina Cassinda.

“As tendas estão estragadas, muitos voltaram para as zonas de risco, porque às vezes não há comida’’, acrescentou

A zona dos Cabrais beneficiou recentemente de um centro de saúde construído com a participação da Agencia para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, USAID, em parceria com a Adpp e Acepa.

O centro de saúde, orçado em cerca de um milhão de dólares, pode internar 25 pacientes, contando com dois blocos, para urgência e saúde reprodutiva.

Julie Nenon da USAID disse que“há uma terceira fase, que será com financiamento do Governo de Benguela, mas nada impede a participação de organizações não governamentais e do sector privado”.

“Esta infra-estrutura precisa de mais’’, acrescentou.

À espera que o Governo central financie as 1700 casas para famílias em risco, paralelamente à conclusão das casas nos Cabrais, o governador provincial, Rui Falcão, promete dias melhores.

‘’Vamos continuar a trabalhar, dentro de poucos dias teremos energia. Já posso dizer que conseguimos recursos para o problema da água’’, disse.

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